quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Pormenores difíceis

(Cartaz provisório - clica para aumentar)



E Outubro cá está.
A Viagem, a realizar no final do mês, ainda tem alguns pontos por acertar. Mas está decidido que vai começar em Beja. Eu e a "Ávila" pretendemos aproveitar e ir à Barragem do Alqueva. Seguem-se Moura, Serpa e pernoitar para os lados de Mértola. No segundo dia planeamos rumar a Loulé e pernoitar algures ali pelo litoral. No terceito dia vamos partir em direcção a Sagres (claro) e subir para conhecer a costa vicentina. A noite deverá ser passada na Zambujeira. O dia seguinte será o último e ainda não decidimos até onde vamos.




Parece muito simples mas é bem complicado, pelo menos para mim e para a colega de viagem. Não sou fã de planos ao pormenor, muito menos numa viagem. Além disso ambas desconhecemos esta parte de Portugal e não nos interessa os quilómetros percorridos mas sim a quantidade de informação recolhida. Sagres era inicialmente um dos lugares escolhidos para pernoitar mas os dias disponíveis são escassos e tivémos de fazer algumas alterações. Na realidade, fizémos muitas. As localidades que salientei servem apenas de referência. Entre cada uma delas vamos certamente encontrar paisagens fascinantes, pormenores que requerem maior atenção, terriolas à espera da nossa visita, ruínas, museus, monumentos, marcas de uma cultura que pretendemos conhecer mais profundamente. Queremos conhecer os cheiros e ver novos tons no horizonte.
Temos um monumento megalítico para ver em Portimão (ou arredores) e a illha do Pessegueiro foi uma das nossas prioridades na elaboração do esboço da rota. Queremos em Porto Covo sentir o que Rui Veloso canta. Mas estas são atracções das quais já ouvimos falar. Mas outras vão surgir-nos a cada minuto. Daí a dificuldade de elaborar a rota.



Andamos em mensagens, encontros, telefonemas e emails há semanas, mais concretamente desde 10 de Agosto, dia em que fiz o convite à "Ávila".






Porto Covo (Excerto)


Roendo uma laranja na falésia
Olhando um mundo azul à minha frente
Ouvindo um rouxinol na redondeza,
no calmo improviso do poente



Em baixo fogos trémulos nas tendas
Ao largo as águas brilham como pratas
E a brisa vai contando velhas lendas
de portos e baías de piratas



Havia um pessegueiro na ilha,
plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem por amor se matou novo,
aqui no lugar de Porto Côvo

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